18 junho 2011

FRAGMENTOS (20 de Maio 2011) Para quem puder entender

FRAGMENTOS
Eis-me aqui em pedaços
Segurando-me assim
Dias como outros quaisquer
Eis-me ali pela estrada
Dando passos em falso
Noites de puro breu
Eis a pessoa difusa
Partindo do zero
Pagando pra ver
Eis a tal felicidade
Coberta de cédulas
Vazia de sangue e carne
Eis as pétalas caídas
Qual chão arenoso
Onde não mais nascerá
Eis o retrato e o espelho
Que o tempo consome
fragmentos de uma dor
Eis as pedradas da vida
Corpo fechado e calado
Preparado pra tudo
Eis o que resta de mim
De um passado vívido
Fragmentado presente
Eis o homem que chora
Por uma porta entreaberta
Por mais uma janela
Eis o mesmo que ri
sem porém, nem porquê
pra não se iludir


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